quarta-feira, 9 de abril de 2014

E a gente se acostuma . . .

Querido Diário,

Não é que a gente se acostuma com tudo nessa vida . . . até com doença.

Só não me acostumo é com as minhas crises de pânico, que tinham dado um tempo, e hoje pela manhã reapareceram como um furacão. Pior ainda porque senti todos os medos juntos, olhos embaçados (medo de ficar cega), ligeiras tonturas (como se estivesse com  labirintite), sono absurdo, e todas as pessoas que passavam na rua resolveram me sufocar ao mesmo tempo (falta de ar). Eu tinha tantas coisas para fazer, tentei voltar do trabalho a pé mas só consegui caminhar até a metade do trajeto, me esforcei ao máximo e consegui comprar algumas coisas no centro, porém como nada me distraia, deixei de ir a academia para me trancar no meu quarto, deixá-lo escuro e dormir profundamente pro 2 horas, acordei melhor um pouquinho, e consegui comer uma fatia de queijo branco, quando fico assim não sinto fome, e meu estômago parece estar muito cheio. 
Me sinto tão mal quando acontece isso comigo, me sinto uma ET, tenho vontade de sumir, e acho que vou enlouquecer. Agora aprendi a me calar, não incomodo mais ninguém, não conto mais para ninguém,  percebi que as pessoas não podem me ajudar, algumas nem querem, outras sentem dó de mim, e as mais próximas essas eu percebi que as incomodava por demais. Agora é assim, crises guardadas, bem trancadas, dentro desse cérebro falido!!! Tenho alguns comprimidos que um psiquiatra me receitou, mas eu sou tão louca que senti medo de tomar o remédio e ficar pior do que já estou. 
Agora que já desabafei, e que estou me sentindo um pouquinho melhor, vou tentar os afazeres domésticos porque esses  nem se eu estiver morrendo, não encontro quem os faça por mim.

                                                                                                                                             Fim

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