Nesses últimos dias, parece que um furacão passou na minha vida, e até agora estou tentando recolher o entulho, limpar a bagunça e recomeçar. Não é fácil quando a gente descobre que a pessoa que mais amamos está doente, e pior uma doença que é praticamente uma sentença de morte.
Minha mãezinha tão querida, meu anjo, minha protetora, a pessoa que eu mais admiro neste mundo está com câncer de mama. E a situação é um pouco grave, pois o tumor já tem 7 centímetros, e terá de fazer a quimioterapia primeiro, para só depois fazer a cirurgia para a remoção.
Daí você começa a imaginar um monte de bobagens, e começa a lembrar da infância, das coisas boas que fazíamos juntas, das torradas com chá mate, dos filmes da sessão da tarde e até das puxadas na orelha que eu levava pelas notas baixas que eu tirava!!!
Então vem um desespero não sei da onde, uma dor, uma tristeza que parece não ter fim. Penso em Deus com rancor e chego a desejar me tornar um ateu, mas esse sentimento passa logo, porque creio em Deus e tento entender a situação ou invés de ficar perguntando porquê.
Me sinto tão sozinha, tão frágil . . .